“Antes de se dedicar integralmente à literatura, Karam foi dramaturgo. E as sete figuras incomuns que protagonizam O impostor no baile de máscaras — os amigos Benjamim, Hopalongue, Maria, Marta Júnior, Oliveira, Serafim e Silvestre — têm um vínculo forte com o teatro. Eles protagonizam capítulos-esquetes e se expressam por monólogos ou por longos diálogos que também funcionam muito bem no palco. […] considerando as cores absurdas deste Impostor, de Cebola e Encrenca, acredito que Ionesco e Beckett, meus prediletos, também deviam ser autores caros a Karam (apesar de não terem sido citados nesta novela). Os três têm em comum o humor demoníaco que demole as instituições e a estupidez reinante.”
Nelson de Oliveira